Instabilidade patelar
Algumas alterações constitucionais no membro inferior como oposicionamento elevado da patela (patela alta), hipermobilidade patelar, hipoplasia do músculo vasto medial oblíquo, membro inferior em valgo, aumento do ângulo Q (formado pelo encontro do músculo reto femoral e o ligamento patelar), insuficiência do ligamento patelofemoral medial e tróclea rasa predispõem o desenvolvimento do quadro clínico de instabilidade patelar, que consiste em uma mobilidade patelar lateral anormal podendo até ocorrer luxação da articulação (desarticulação patelofemoral).
Para o seu diagnóstico, além do exame físico, pode ser necessário a investigação com radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Geralmente o tratamento é iniciado de maneira conservadora (sem cirurgia), porém, a recorrência de instabilidade patelofemoral (luxações), a presença de fragmentos osteocondrais livres na articulação ou dor recorrente provocada pela instabilidade, requerem tratamento de reparação cirúrgica.
A reconstrução do ligamento patelofemoral medial é a técnica de escolha na maioria dos casos, porém o tratamento cirúrgico precisa ser individualizado para cada paciente e uma avaliação criteriosa realizada pelo especialista indicará a melhor técnica cirúrgica a ser empregada.